22 de abril de 2010

desânimo


Foi o que senti, quando aqui cheguei na segunda-feira. O viveiro desapareceu, pouco ou nada há para transplantar; na horta a erva pujante cobria tudo; o grão quase não nasceu; a sementeira do milho, feijão e abóbora está atrasada. Tive vontade de virar costas e deixar a natureza fazer o seu trabalho como bem entende.

Depois lembrei-me desta história:  'Os obstáculos não estavam cá antes de eu chegar'. Em vez de agir sob pânico (cortar erva, cortar erva, cortar erva) percebi que tinha de parar, observar. O B S E R V A R.

Procurar entender de que forma o solo reage para se equilibrar. Sim, por que tudo isto são adaptações do solo na procura do seu equilíbrio e uma resposta às nossas acções.


A erva que se vê por aqui até é um bom sinal. É erva de palha, diferente das ervas daninhas. Nasceram flores que nunca tínhamos visto. Uma espécie de mimetização da ervilhaca, na cor da flor e na forma da folha. Lindas!


Camomila-vulgar (Matricaria recutita L.), se não me engano. As flores podem secar-se e guardar para uso posterior. São um óptimo sinal pois ajudam a preservar a saúde da horta.

UPDATE
A mimetização das flores liláses afinal tem uma razão de ser. São também uma espécie de ervilhaca Vicia cracca, uma flor silvestre.

identificação via As minhas plantas e Flora Digital de Portugal.

2 comentários :

Joba disse...

Afinal nem tudo são problemas, a Natureza sabe melhor que nós fazer escolhas. Força para a tarefa que se avizinha.
joba olugarnuncapensei.blogspot.com

Trumbuctu disse...

Obrigada Joba!
Tudo de bom para vocês aí nesse lugar lindo, já lá vivi (na mesma ilha).