30 de setembro de 2010

29 de setembro de 2010

as surpresas do limoeiro


A primeira surpresa veio trazida pela minha mãe. Quando se acercou do limoeiro para ir buscar um limão viu um ninho de rola brava. Rola brava porque voou quando ela se aproximou.

28 de setembro de 2010

uma janela para o mundo


Por enquanto esta é uma janela para o mundo. Em breve será o início dos preparativos para as noites frias de Outono; a salamandra mudou de lugar e o tubo passará por aqui.

26 de setembro de 2010

1 minuto de solo


'1 minuto de solo descoberto', depois da terra ter sido arada, mostra como toda a vida do solo desapareceu. Mostra ainda como a cobertura vegetal é necessária para a existêcia da vida no solo e como a sua existência é fundamental para própria vida do solo. Um solo nu é um solo morto, sem vida nada pode nascer.

'1 minuto de solo coberto', com cobertura vegetal ou outra, mostra a biodiversidade de vida que existe. Mostra ainda como cobrir o solo é necessário para existência da vida de forma a manter vivo o solo. Um solo com cobertura é um solo vivo, onde tudo pode nascer.

Bem observava o Sr. Pinela com o seu "bando de pássaros tristes".

migas de cogumelos


Aproxima-se a época dos cogumelos e mais uma razão para dar a conhecer uma iguaria tão pouco conhecida.

Demolhar o pão e pôr de lado. Numa frigideira aloure em azeite vários dentes de alho, uma folha de louro e deite os cogumelos partidos. Temperar com sal e juntar o pão já demolhado. Mexer de vez em quando e deixar que o pão comece a ganhar uma crosta, virando de vez em quando. Dar a forma de torta e sirvir bem quente.

Se utilizar cogumelos comerciais prefira os castanhos que são muito mais saborosos do que os brancos.

Agradecemos esta receita à Dª Brunilde do Espaço Garrett, em Grândola. Um lugar onde encontra produtos de grande qualidade a par de livros de poesia e exposições de pintura e outras artes.

PS-Foi o nosso almoço ontem. Hummm....

musaranho-de-dentes-brancos-anão


Musaranho-de-dentes-brancos-anão - Suncus etruscus

Espero não estar enganada na identificação do mamífero mais pequeno que existe na terra; julgo ser um Musaranho-de-dentes-brancos-anão - Suncus etruscus, como este. Este media cerca de 5,5cm sem contar com a cauda, a qual era particularmente peluda, e foi trazido pela Estrela para dentro de casa. Não sei se foi ela ou se já estava morto quando ela o apanhou.

25 de setembro de 2010

de um pé de couve


De um pé de couve podem retirar-se outros que entretanto foram nascendo, na base do talo principal. Cortam-se com a mão pela base e ...

24 de setembro de 2010

23 de setembro de 2010

mosca branca dos citrinos


Ataque de mosca branca dos citrinos Aleurothrixus floccosus (Maskell)

Os citrinos estão todos assim, laranjeiras, tangerineiras e nem sei se o limoeiro também não estará. Embora seja um tratamento aceite em agricultura biológica preferia encontrar outro método que não a calda bordalesa. Em Permacultura não sei como resolvem este tipo de problema. Se as deixarmos assim corremos o risco de não haver fruta no Inverno. As vespas lá andam de roda das árvores, muito atarefadas, mas já não dão conta do recado.

De pulverizador às costas, com calda bordalesa, foram as laranjeiras tratadas. A próxima pulverização será em Dezembro, em dia sem chuva e depois novamente em Fevereiro.

Uma bom artigo sobre a mosca branca dos citrinos na Quinta do Sargaçal.

22 de setembro de 2010

e agora já se foram!


Depois de dar chorume de urtiga nas couves chinesas, ontem, hoje já não há sinal de lagarta. Vou ver o que acontece nos próximos dias. Volto a aplicar novamente daqui a uma semana como preventivo e depois darei notícias.

gaspacho


Já no fim do Verão mas sabe tão bem! Este tomate é uma maravilha para fazer gaspacho. Usado bem maduro confere à sopa este tom vermelho, não o tom rosa tão comum de se ver. O gaspacho é uma sopa fria em que os ingredientes são confeccionados crus. Esta receita é da minha avó, agora ensinada pela minha mãe.

Leva tomate maduro, cebola picada, azeite, vinagre, pão (previamente demolhado), coentros e um pouco de sal. Trituram-se os ingredientes, junta-se um a um numa tigela e guarda-se no frigorífico. Na hora de servir acrescentam-se uns cubos de gelo e serve-se assim.

21 de setembro de 2010

afinal são elas!!!


Afinal são elas, estas lagartas, quem nos anda a comer as couves chinesas. De tamanho reduzido mas com um apetite voraz. Nunca as tinha visto por cá. Se calhar são chinesas ";O)

o cesto do Trumbuctu


Uma vez por outra, quando a terra se mostra mais generosa, vendemos o que cultivamos a amigos e conhecidos. Uma mão cheia de coisas boas a que chamamos 'O cesto do Trumbuctu'.

20 de setembro de 2010

depois do milho, as abóboras


Depois do milho ficaram as abóboras; do feijão restam algumas flores mas de vagem nada. As "três irmãs" não tiveram aqui muito sucesso. Diz-me agora esta experiência que as abóboras gostam de se espraiar livremente pelo terreno, arenoso, e funcionam como uma óptima cobertura de solo.

19 de setembro de 2010

18 de setembro de 2010

trazer o céu para dentro de casa


Esta semana que passou tem sido de pinturas principalmente do lado de fora mas o interior também teve direito a um ar de sua graça. Trouxemos o azul do céu, das portas e janelas, para dentro de casa. A horta tem estado à espera, paciente, sempre a presentear-nos de alimento. Amanhã trago mais novidades pois as actividades já recomeçaram:

- como grelar batatas antes de semear
- 45kg de batatas em 0,37m2
- favas nascidas em Setembro
- tratar a mosca da fruta nos citrinos
- fazer tinta com terra

17 de setembro de 2010

pelo montado


É um dos lugares por onde eu mais gosto de passear, o montado. Ao fim do dia a luz desce dourada como se estivéssemos num bosque encantado. É assim o montado no fim do Verão.

16 de setembro de 2010

"a terra, (...) nua até aos ossos"


"(...) A terra, desolada, nua até aos ossos, pulverizada com o pó dos séculos, está morta.(...)"

in Os Navegantes do Deserto de Théodore Monod.

Um dia será assim, se entretanto não travarmos as alfaias dos tractores. Pelo menos por aqui, em terras do sul que no Verão se misturam com as areias do deserto. A vida que existia neste solo dizimada e com ela o próprio solo - a terra, (...) nua até aos ossos.

"Para haver formação de solo, tem que haver vida. Para haver vida, o solo necessita de ser coberto."

15 de setembro de 2010

da vida na horta à noite


Saí, para ir lavar os dentes, e no canteiro junto à porta estava uma rã pequenina. Escolheu o vaso onde semeámos a única semente de glicínia que sobrou, das que Z. nos deu. A rã no fresco do vaso, pois tem um gotejador quase por cima; a semente de glicínia, afortunadamente para nós, germinada e já uma jovem planta.

14 de setembro de 2010

a porta


Voltei a reler um livro que há muito tinha deixado na prateleira - Guia da Meditação, de Paramananda - no dia a seguir a este post e logo na primeira página "A Porta", o relato sobre um homem atormentado por um sonho recorrente:

"(...) Ele encontra-se preso dentro de um quarto, incapaz de abrir a porta e fugir. procura a chave pelo quarto, mas nunca a consegue encontrar. Tenta com toda a sua força abrir a porta, mas esta não cede um milímetro. Não existe outra maneira de sair do quarto a não ser pela porta que ele não consegue abrir. Está encurralado e com medo. Numa sessão com o seu analista ele descreve este sonho, que atormenta o seu sono há anos. O analista ouve cuidadosamente o relato do sonho (...). Ele sugere que talvez a porta possa ser aberta na direcção oposta. Quando o homem volta a ter o mesmo sonho ele lembra-se da sugestão e descobre que a porta se abre para dentro sem a menor resistência. (...)"

Talvez eu só precise de ter confiança que o comboio vai passar - se passam para lá também devem passar para cá - ou que o melhor é sair da estação e apanhar um táxi. Pode ser que me lembre, se o voltar a sonhar.

10 de setembro de 2010

8 de setembro de 2010

da horta


Tomates, três variedades (cereja, pêra e outra que não sei o nome), manjericão, funcho, abóboras e couves. Como não sou muito apreciadora de couves, pelo menos só cozidas, ontem fiz um prato especial: rolinhos de tofu. Depois de cozinhado - em cebola, coentros, alho e tomate- pica-se e enrola-se nas folhas de couve previamente cozidas. Um fio de azeite por cima, e mais alho para quem goste, acompanhado de arroz basmati e salada de tomate com oregãos. Uma delícia.

7 de setembro de 2010

depois de caiada


Depois de caiada ficou assim. Branca, branca como só a luz do Alentejo 'pinta 'as casas. Para que a pintura fique mais impermeável à água da chuva e humidade existe uma alternativa ao sebo de carneiro, que se usava antigamente, o óleo de linhaça. Basta 1% de óleo, relativamente à quantidade de cal utilizada, para que não sejam afectadas as micro-estruturas da argamassa. Isto aplica-se à cal aérea simples (cal viva ou virgem). Nós seguimos a seguinte receita: para 8kg de cal 8 colheres de sopa de óleo e o óleo junta-se na altura de 'matar' a cal. Aplicar duas demãos A primeira mais diluída (com textura de leite) e a segunda um pouco mais espessa. A cal fornecida pelo município, a quem agradecemos esta iniciativa, é de excelente qualidade.

5 de setembro de 2010

mudar de pele


Não seria bom podermos mudar assim de pele? Deixá-la para trás, corpo morto daquilo que já não interessa, do que já não faz sentido ou que não cabe mais em nós. Começar a mexer os braços, as pernas, o tronco sentindo uma nova vida num novo corpo.

4 de setembro de 2010

dia aberto em Tamera


Hoje passámos o dia em Tamera. Percorremos caminhos para aprender formas de travar a desertificação do Alentejo, com Sepp Holzer. A recepção foi calorosa. Esperavam-nos sorrisos e um simpático pequeno almoço.

3 de setembro de 2010

ontem salvámos um musaranho


Foto Naturlink

Ontem salvámos dum afogamento eminente o que julgamos ser um Musaranho-de-dentes-brancos. À primeira vista parecia um rato mas ao retirá-lo da água reparámos, apesar da pelagem acinzentada, que o focinho não era de rato e sim bicudo. Era um animal tão pequenino, tão pequenino que não tinha mais de 10cm. Fora de água, imóvel, tremia imenso, não sei de frio se de susto. Quase parecia morto. Com um empurrãozinho lá se esgueirou pelas ervas e não voltámos a vê-lo. Com a aflição nem me lembrei de tirar uma fotografia. Aqui podem ler a ficha completa do Musaranho-de-dentes-brancos.

hoje a vista foi assim


Parece calmo na imagem, mas não está. O mar aqui raramente é tranquilo. Tanto assim é que daqui de casa o ouvimos e hoje, agora que escrevo, está particularmente forte. Nestes momentos, só eu e o mar, tenho reflectido sobre várias coisas. Tomei consciência de como vivi estes últimos anos - da mesma forma que vivo a horta. Acontece-me, com alguma frequência, não saber o que plantei e só quando as plantas crescem as consigo identificar; antes de perceber porque que é que algumas delas ficam doentes logo parto a semear mais sem pensar como posso evitar que isso aconteça; ou não dou tempo para que cresçam, semeio de novo, e depois tenho surpresas, o que até é bom. Prendo-me nos pormenores e o meu olhar distrai-se para ver o que está à volta perdendo o melhor da paisagem. Mas hoje a "vista" foi assim...

1 de setembro de 2010

apoio à caiação


Apoio à caiação no município de Santiago do Cacém.

Cedência gratuita de cal, pigmentos e materiais de pintura (pincéis) aos
munícipes do Município de Santiago do Cacém.

A campanha realiza-se entre 3 de Maio a 30 de Outubro de 2010

Quem estiver interessado pode consultar o folheto que a Câmara disponibiliza, aqui, onde se pode ler  sobre o que é a cal, a sua história, como se prepara e aplica.