18 de julho de 2011

pâtisson, filhotes de andorinha e o sol da minha vida




Abóboras patisson*, filhotes de andorinha-dos-beirais no estendal - já não cabem no ninho, que fica mesmo em frente e todas as noites aqui vêm dormir- e girassol na horta, o sol da minha vida.

*Abóbora pâtisson a branca e a amarela, a laranja é hokaido, todas para semente; nenhuma delas da horta. Este ano vai ser fraco em abóboras, para nós.

16 de julho de 2011

7








Aqui ao lado, num acaso que para mim desenha um caminho, várias categorias. Todas ligadas entre si, apontam-me uma direcção; para estar melhor comigo, com os outros, com o lugar que habito neste momento - a Terra.

7 opções crudívoras, " Que o seu alimento seja o seu medicamento", Hipócrates.
7 diy (do it yourself - faça você mesmo), reduza o consumo.
7 fungos e cogumelos, proteja o solo, dê-lhe vida.
7 lugares preciosos, quando se olha com o coração.
7 montados, " Vinhas das minhas, olivais dos meus pais, montados dos meus antepassados".
7 plantas comestíveis, a natureza é generosa.

Se a magia existe, 7 é um número mágico ";)

10 de julho de 2011

memórias






Dia de flores no calendário biodinâmico. Dia de colher alfazema.
Ao sol, a 'curar', óleo de calêndula e alfazema como M. me ensinou.
A comer gelado cru de hortelã- chocolate.

À sombra, as cebolas a secar para depois entrançar.
À sombra, abrigados no local que escolheram ter por casa, filhotes de andorinha-das-chaminés.

Agora.
A ouvir Memórias, de Rodrigo Leão. Pudera eu compor uma horta como ele compôs esta musica ...

E é tudo, do tempo que o pouco tempo que esta semana me deixou.

   ♡
Paula

4 de julho de 2011

cebolas e feijão verde


Um a apanhar feijão verde e outra a deitar a rama da cebola que, já pronta para apanhar, teima em manter o viço. E nós à espera que a rama secasse. Não fosse o vizinho a dar a dica e bem poderíamos vê-las a apodrecer. Opss...

Vivendo e aprendendo ":)

               ♡

a caminho duma horta suspensa






Um alpendre. Foi uma das tarefas que nos tomou bastante tempo nas últimas semanas. O mais demorado foi descascar os troncos de eucalipto, dados por um vizinho. Não tenho muita experiência em construção mas que agora temos um belo alpendre, lá isso temos. E sombra! E meio caminho percorrido para uma horta suspensa ":)

Começámos por retirar toda a casca dos troncos, fazendo pequenos sulcos na madeira ainda verde e levantando as fibras; depois, fomos puxando e a maior parte saíu com facilidade deixando à vista a madeira virgem. Toda essa casca serviu para utilizar nos compostores. Com a madeira quase seca pincelámos com óleo de linhaça para proteger da humidade e da chuva. Antes do Outono dar-se-á uma demão de produto para o bicho da madeira (caseiro) e novamente óleo de linhaça.

Os troncos principais, estruturais, estão aparafusados (os horizontais aos verticais) e enterrados no chão (os verticais) a 50cm, numa pequena sapata de cimento. Na base dos troncos verticais colocámos uma tinta de borracha, pouco ecológica, mas que ainda havia por cá, para não apodrecerem. Os dois troncos superiores, que suportam por agora rede sombra, foram fixados ao resto da estrutura com cordas, não degradáveis, e um deles fixado à parede com fixadores para antenas. Mais tarde teremos sombra de madressilva ou de kiwi, ainda não se decidiu.

3 de julho de 2011

┋┋┋◔ ◕




Quase duas semanas longe do blog. O tempo passou a voaaaaar ":)
E já fizemos tanta coisa antes disso que nem sequer publiquei, a preparar a casa para o Outono. Parece cedo demais mas quando somos nós a fazer, com outros compromissos no caminho, o tempo corre e tudo é mais demorado.

A horta tem-nos alimentado com muita coisa e eu continuo com a mesma alimentação. Talvez 70% de alimentos crus e germinados e 30% de alimentos processados, e sinto-me muito bem. Os 30% de alimentos processados correspondem basicamente a arroz integral ou outro cereal cozinhado e tostas integrais. A descoberta prossegue e M. deu-nos a provar, no outro dia, um sumo verde (sumo de clorofila), feito de trigo germinado, e que vou agora experimentar fazer. O trigo que aqui vêem já tem uma semana de crescimento e deve estar quase pronto para fazer o sumo. Oportunamente voltarei a este assunto com mais detalhe.

Entretanto experimentei fazer pão de arroz integral germinado e desidratado ao sol. O sabor é um pouco ácido, e utilizar o sol para confecionar alimentos é como ter um forno novo que temos de aprender a utilizar. Não sei se o pão esteve demasiado tempo ao sol ou deveria estar mais. Amanhã vou experimentar com doce e paté.

As tartes continuam a sair-me bem. 100% cruas, tanto a base como o recheio, e igualmente desidratadas ao sol; ficam melhor as tartes doces do que as salgadas. Tudo isto leva o seu tempo a afinar mas vale a pena esta nova viagem de sabores, um outro olhar sobre os alimentos e a forma como podem cuidar nós.

Como começo agora, verdadeiramente, a entender a frase de Hipócrates:

"Que o alimento seja o teu medicamento"

    ♥
Paula