20 de março de 2012

trabalhos de Março



Mais uma tentativa de plantar batatas numa caixa depois do fraco resultado do ano passado. Mas já vi que não fui só eu. Se desta vez não resultar de novo arrumo a ideia de lado e aproveito a caixa para outra cultura. Sei que agora alimento não será o problema.

Na estufa tudo corre pelo melhor. Vou fintando as formigas, que insistem em lá fazer ninho, com malagueta lá plantada. Mas ainda tenho muito trabalho pela frente a preparar o local para onde irão tantas plantinhas.

   (♥) Paula

18 de março de 2012

o acordar da Primavera






Por ordem de sequência as árvores
ameixieira branca, plantei três; limoeiro, quase morreu com a geada mas a recuperar; salgueiro, estou determinada a que fique como um que tivemos, frondoso, mas que teve de ser cortado; diospireiro; nectarina, ainda uma árvore muito nova; pessegueiro, podas que a minha fez quando no local onde conhecemos esta casa;  romanzeira - no ano passado deu duas ou três romãs - ainda jovem; e uma das pereiras, que o ano passado já deu algumas peras. E as laranjeiras já com alguma flor.Há mais mas ainda só com brotos.

   (♥) Paula

16 de março de 2012

o escuro de Outubro


O escuro de Outubro, palavras ditas pela Ti Maria Arsénio - como pediu para ser chamada - ao explicar-nos quando tinha semeado o cebolo. Estas palavras ecoaram cá dentro - o escuro que há dentro de mim. O escuro de Outubro é a passagem da lua nova para quarto crescente; enquanto explicava fazia acompanhar-se de gestos largos, apontando o lado em que a lua nascia, cheia, e o outro, oposto, em que no céu, negro, nada se via a não ser o escuro de Outubro. A sua linguagem era tão expressiva que me transportou para outro tempo, para um tempo antigo em que o homem lia nos astros, no vento, no escuro a melhor altura para as sementeiras. E senti-me na noite apesar de ser dia.

A conversa desenrolou-se ao mesmo tempo que ia desbastando o cebolo para me dar alguns pés, enquanto eu e a Zília, que me levou a conhecer esta senhora de quase oitenta e um anos, íamos tirando alguma erva da pequena leira. Finalmente percebi a diferença entre cebolo e cebola. Dizia ela que o cebolo é o pai da cebola. O cebolo nasce da semente de cebola e quando pronto é transplantado para depois dar a cebola. Trouxe mais de cem pés, semeados no escuro de Outubro, e agora transplantados quase no escuro de Março, que deverá ser lá para dia vinte e três.

   (♥) Paula

PS- Vou arranjar um gravador.

13 de março de 2012

sopa e sobremesa cruas



Soube por uma amiga a receita, sopa de pera abacate. Pura delícia! Quando cheguei a casa já me tinha esquecido dos ingredientes, só me lembro que levava sumo de uma lima. Encontrei esta receita mas não tinha todos os ingredientes em casa. Então, fiz com o que tinha e adaptei as quantidades:

Sopa de abacate (1 dose)
- 1 pera abacate
- sumo de um limão
- 1/4 de um pepino
- cominhos e sal a gosto
- 1 copo pequeno de água

Triturei tudo no liquidificador, coloquei três colheres de creme de nozes e colori com rebentos de alfafa e pétalas de calêndula.

Creme de nozes
- dois punhados de nozes hidratadas
- 2 colheres de sumo de limão
Não juntei sal ao creme pois guardei parte dele para fazer uma sobremesa

Manga com creme de nozes (2 doses)
- 1 manga descascada
- creme de nozes
- 1 colher de chá de mel de tomilho

Triturei a manga e enformei. Ao creme juntei a colher de mel e sobrepus, em camada, à manga.

Nota: O mel de tomilho é o meu preferido. É colhido (só) durante o mês de Junho, quando o tomilho selvagem se encontra em flor nas dunas da praia. Costumo comprar ao Sr. Francisco, no mercado, que me explicou como o faz. Leva as abelhas e as colmeias para as dunas para depois fazer o mel.

12 de março de 2012

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Para quem, como eu, não conhecia a flor da salsa.

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Quase 100% cru. Salada de agrião com Tsatsiki , rebentos de alfafa e arandos vermelhos (a minha última descoberta alimentar), cenoura ralada e tosta de trigo sarraceno germinado. O Tsatsiki faço com Kefir (muitas vezes chamado de flor do iogurte), em leite vegetal. Infelizmente, com os leites vegetais que faço ainda não consegui que resultasse. Compro leite vegetal biológico de soja e arroz. As tostas de trigo são desidratadas em forno aberto, com a temperatura no mínimo e que verifico várias vezes.

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A estufa no inicio de Março. Mal nascidas, as plantas estavam, afinal, a precisar de alimento. Reguei com chorume de urtiga, intercalando com água de estrume. Tudo ganhou vida nova vida e as plantas estão agora em franca recuperação. A partir de meados de Março começam as transplantações. Em breve publicarei um post sobre o que faria de diferente na, e com, a estufa.

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Ensaio para o galinheiro, ou melhor, tractor de galinhas - será móvel para poder andar com ele pelo terreno. De um lado a casinha para dormir, do outro a zona da água e do alimento. No meio levará rede galinheira. Quando estiver mais habituada às galinhas solto-as na horta.

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Sementeira em viveiro

 07/03
pepino, couve chinesa, feijão rasteiro, lufas, pimento vermelho, abóbora hokaido, meloa, abóbora menina, pimentos

08/03
feijoca, malagueta

10/03
nabo roxo,  cebolas, cenoura e nabo de Milão

Nota: as cebolas podem ser semeadas até Maio, sendo que as de Maio darão as cebolas para o inverno. A partir de agora podemos espaçar as sementeiras directas com intervalos de quinze dias, por exemplo do feijão rasteiro, dos nabos, das cenouras, para colhermos estes legumes até mais tarde.

11 de março de 2012

da horta, em Março







Durante o Inverno o que mais me custou foi manter a minha alimentação, vi-me condicionada a reduzir a quantidade de alimentos crus, tenho feito mais ou menos 50% de cada. Por um lado porque da horta pouco podia colher, por outro tinha vontade de alimentos quentes, e por último o trabalho por aqui tem sido tanto (com muitos acontecimentos pelo meio) que se tornou difícil de gerir. Mas em dias de sol, quentes, com a Primavera a anunciar-se torna-se mais fácil. O almoço de um desses dias, 100% cru: ' queijo de amêndoa' polvilhado com sementes de linhaça dourada, salada de alface, de cenoura com nabo e coentros a que juntei pedaços de maçã. Tempero com azeite e limão.

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Lã para pentear, dada pela Zília, para juntar à que comprei ao Sr. António mas que ainda está por lavar. Um dia farei um edredão com ela.

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E agora, apresento-vos a Milu que em breve será um dos novos habitantes da horta, oferta também da nossa amiga Zília. Tenho ido visitá-la e aprender a não ter medo de galinhas. Pois é, não tenho propriamente medo delas mas não estou habituada. Tinha receio das bicadas mas afinal não dói nada :) Virá ela, um galo e alguns pintos para ajudarem com a erva, para darem estrume e ovos para os cestos da horta, e um dia morrerem de velhos.

A Milu vive perto de um montado onde gosto muito de passear.

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Os primeiros rabanetes da estufa. As favas foram quase todas destruídas pelo gelo das noites frias, partiram. Valeu-me ter semeado mais umas, já tarde, e que espero possam dar alguma coisa. As ervilhas também vão crescendo mas como diz o ditado: Vai à fava enquanto a ervilha enche!