20 de maio de 2014

perigos


Ontem deixei de ver a Violeta. Primeiro pensei que estivesse a por ovo, mas a manhã correu e continuou desaparecida. Pensei que afinal estaria já a chocar;  estou para encontrar o ninho há dias mas elas são mestres em camuflagem e nem sempre é fácil. À tarde, quando regressei, continuou desaparecida e algo me disse que deveria mesmo de encontrar o ninho. Procurei novamente nos locais habituais e nada. No último comecei a mexer numa rede-sombra arrumada na casinha das ferramentas, junto ao chão, e ela deu sinal de si. Levantei a rede e lá estava ela (!), com uma das patas presa em fios de rede sombra. Oh! Caramba, se não tivesse lá ido, pensando estar no choco, ali morreria presa nos fios da rede. Tinha um ovinho com ela e foi ali que escolheu o ninho.

Fiz um ninho noutro local e agora espero que o aceite, como já fez de outras vezes.

13 de maio de 2014

são rosas


São rosas, rosas de Santa Teresinha (cultivar Cecile Brunner). São lindas e delas emana um doce perfume, que envolve e me traz à lembrança a minha avó. Não sei de onde vieram; sei que a minha mãe sempre teve rosas nos seus jardins, e a mãe dela também. Ainda hoje há um jardim com rosas da minha avó.

Delas tirei as pétalas, agora ali a secar e a perfumar a casa. Neste momento respiro esse perfume.

Transplantámos, em Março, um pé desta roseira, já emaranhado em jasmim e outros arbustos. Ficou junto daquilo que um dia será um telheiro, para o cobrir durante todo o ano e nesta altura dizer-nos que a Primavera existe.

Paula

10 de maio de 2014

ainda do tempo


Ainda do tempo que queria para umas coisas e que dispenso noutras.
Pedaços do meu Alentejo, quase mármore, e mergulho nas memórias da minha infância junto do toucador da minha avó, no andar de cima da casa. Lugar proibido para as crianças, na altura. Subir aquelas escadas era uma aventura e o nervoso miudinho subia connosco.
Tudo num rolo (resto) de sabão de rosas.

PS- Fará hoje, à data desta publicação agendada, um ano e quatro meses que a Estrelinha partiu. Saudade.

Paula

8 de maio de 2014

coisas várias e o tempo


Coisas várias e o tempo, ou a falta dele. Tenho saudades do Trumbuctu e do que a terra me traz, do lugar fora do mundo onde tantas vezes me sentia, bem. Não que não me sinta bem agora mas o ritmo é outro, e não consigo dar atenção a coisas que quero.

Mais outro abacaxi a criar raiz, já lá vão duas ou três semanas e só agora começam a surgir (as raízes).

Beterraba com raiz, em água, uma boa forma de não utilizar frigorífico e manter o legume realmente fresco, ou seja, vivo!

E luffas queimadas pelo calor abrasador que se fez sentir no fim-de-semana passado. Como estive ausente não cheguei a tempo. Ainda estão nas cuvetes e a maioria não resistiu. Entretanto já tinha semeado mais, nos espaços vazios das que não vingaram, e agora coloquei uma sombra. Estou a torcer para conseguir que algumas vinguem.

Paula